A segunda noite de desfiles na Sapucaí apresentou um nível melhor que a primeira. E tudo começou com a bela, irreverente e leve apresentação da São Clemente. A escola empolgou o público muito por conta do samba e de uma plástica nunca antes vista num desfile da escola de Botafogo.
A União da Ilha veio com um conjunto de alegorias e fantasias luxuoso e deve brigar para voltar no desfile das campeãs, um feito relevante para uma escola que voltou ao Grupo Especial há apenas dois anos.
O Salgueiro fez um desfile um tanto quanto morno, pois com o enredo escolhido pela Academia, esperava-se mais animação dos componentes. Apesar disso e da dificuldade em colocar os gigantescos carros na avenida, a escola se credencia ao título pois acertou muito nos quesitos fantasia, alegorias e comissão de frente, além de bateria que foi uma das melhores a passar pela Sapucaí neste carnaval.
A Estação Primeira de Mangueira se destacou pela ousadia ao fazer longas paradinhas(a palavra em diminutivo nem cabe mais para este caso). A escola cantava o samba a plenos pulmões durante a ausência da bateria e o Sambódromo se arrepiava quando os sons dos instrumentos voltavam a ecoar.
A Unidos da Tijuca fez um desfile corretíssimo que provavelmente lhe renderá o título de escola campeã em 2012. Porém, faltou a pegada e o espírito dos dois últimos carnavais, o que decepcionou um pouco os fãs da escola. Paulo Barros caprichou sobretudo nas fantasias, que beiraram a perfeição.
A Grande Rio foi a pior escola da noite. Ofuscada pelas apresentações das escolas que passaram antes e um visual que não corresponde a uma agremiação que tem dinheiro pra gastar, corre sérios riscos de não voltar no sábado das campeãs. A bateria, como sempre, foi um espetáculo e o tema tinha apelo. Contudo, a escola não aconteceu na avenida.
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